A psicóloga britânica Maria Guerrero vem analisando os impactos mentais que a crise de Covid-19 e o uso abusivo do celular pode causar em pessoas de todas as idades. A especialista alerta o seguinte: “Doenças psicológicas são tão reais quanto as físicas, e elas estão afetando especialmente as crianças de forma que seus impactos serão vistos no decorrer de vários anos, como na adolescência e começo da vida adulta”.
Diversos estudos mostram que o uso excessivo de celulares reflete em doenças mentais como depressão, ansiedade, estresse, má qualidade de sono e queda no desempenho escolar.
Um estudo com 42 mil crianças e adolescentes britânicas ao longo de 7 anos revelou que o Uso Problemático de Celulares (tradução livre de Problematic Smartphone Use) está agravando a dificuldade dessa geração de crianças e adolescentes em se relacionar, causando problemas de solidão e baixa autoestima. Inclusive alertam que há indícios que tal comportamento também induz problemas com álcool e cigarros!
E graças a esse e vários outros estudos do ramo, já é possível ter uma visualização de como os pais podem ajudar seus filhos em períodos tão difíceis como este que estamos vivendo, evitando assim o avanço dessa doença mental tão grave de uma geração inteira. A psicóloga britânica Maria Guerrero recomenda 5 dicas para vocês, pais, auxiliarem seus filhos a utilizarem menos seus celulares, tablets e computadores, afim de melhorar a qualidade de vida do seu filho:
1) Defina limites de tempo de uso: Uma das melhores soluções pra evitar que seu filho permaneça nesse uso constante é limitar o tempo permitido pra usar seu celular ou aparelhos eletrônicos;
2) Defina tempos de inatividade: Bloqueie momentos do dia e noite quando aparelhos eletrônicos não são permitidos, como por exemplo: uma hora antes de dormir, ou durante as refeições;
3) Dê celulares que funcionem apenas para ligação: Para transformar o uso de smartphones menos atrativo, tente dar para seu filho um celular que funcione apenas para fazer e receber chamadas, ou até mesmo acione funções próximas a isso, especialmente enquanto ele estiver na escola para evitar o uso durante em aula;
4) Delete ou bloqueie certos aplicativos: Aplicativos de redes sociais e jogos são os mais viciantes para crianças e adolescentes, bloqueie ou então delete alguns que você considerar que estão sendo utilizados de forma abusiva;
5) Confisque o celular: Este é o seu último recurso, mas antes pergunte a si mesmo “Meu filho realmente precisa de um smartphone?”. Existem diversas discussões a respeito de quando e se uma criança irá ter acesso ao seu primeiro celular. E o maior consenso é que varia de criança para criança, especialmente avaliando maturidade emocional para lidar com algo tão viciante como um celular. Mas de regra geral, quanto mais tarde, melhor. E definitivamente não antes dos 12 anos!
Se você perceber que seu filho continua demonstrando um comportamento de uso abusivo do celular, ou até mesmo sinais de depressão mesmo depois de seguir essas dicas, é hora de procurar ajuda profissional. Porque além dos efeitos negativos desse Uso Problemático de Celulares, pode ser que haja mais indícios a serem analisados por trás desse tipo de comportamento, como por exemplo se ele está sofrendo bullying virtual, ou até mesmo problemas na escola e em casa sendo tampados por um uso constante de aparelhos eletrônicos. Um psicólogo pode te ajudar a entender todas essas camadas e fornecer ao seu filho a ajuda que ele precisa. Não deixe de ficar atento!
Baixe o app da GoBuddies e agende uma brincadeira!
Disponível no Google Play
Disponível na App Store